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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Contra-baixo Tagima B4 Special (B4-S)



Este foi o meu primeiro instrumento musical após quase 5 anos sem tocar. Ele veio depois da velha Lyon Washburn que mencionei aqui no blog, e antes da Strinberg CLG-45. Alguns podem achar estranho o fato de que eu tocava guitarra e quando resolvi voltar para o mundo da música, voltar com um contra-baixo, e não o velho instrumento de origem. 


O motivo da escolha foi muito simples: além de ser um fã dos mestres Geddy Lee (Rush) e do Geezer Butler (Black Sabbath), que me convenciam a achar que guitarra era para os fracos ou frecos, aonde músicas como Leave That Thing Alone (Rush) ou Air Dance (Black Sabbath), outro fator forte foi a presença da hiperidrose, a qual me desmotivava a tocar pelo simples fato dos encordoamentos não durarem nem uma semana direito, daí como tinha percebido que apenas os bordões duravam mais, resolvi tentar o contra-baixo pelo fato das cordas serem mais espessas e difíceis de romper por conta do suor. Confesso que estava no dilema se ia de contra-baixo ou teclado, já que o teclado eu poderia inclusive tocar com luvas pra não dar problemas e não precisava trocar cordas ou coisas do tipo, além do fato de eu ser um grande fã de pianos (e flautas, clarinetes, violinos....).

Chega de histórias, vamos ao review!






Bom, este foi o meu primeiro baixo, meu amigo, que me fez voltar ao mundo da música. Após muitas pesquisas, optei por ele pois na época (2007), estavam criticando os baixos da Condor por aí, e dando muita bola para o Tagima, e eu já conhecia o modelo B5-S de um amigo, que para quem nada entendia de contra-baixos, estava mais do que bom. Para mim, era como se estivesse comprando o sonhado Fender, pois foi meu primeiro instrumento musical que comprei "zerado", na caixa e sem uso, até mandei fazer um case sob medida para ele e tudo mais. 

É um baixo ativo, que todo mundo me recomendava a ter, pois na época, eu tinha visão que baixo passivo nenhum prestava (mas ainda bem que hoje eu já sei que isso não é verdade! =D ).

Aparência/ Estética/ Acabamento: Para mim, era O BAIXO! Azul, minha cor predileta, cor metalica ainda por cima, com um visual mais moderno já que eu torcia o nariz para modelos clássicos como Jazz Bass ou Precision Bass. Simplesmente o baixo que eu sempre quis ter na época. PORÉM... ele veio com rachaduras na pintura, potenciômetros dando ruído e frouxos. Triste saber que meu primeiro instrumento novo, já tinha saído da caixa com um "estourado" na parte de trás, conforme a imagem abaixo:

Rachaduras na pintura. =(
Braço: Bom, pra quem nunca teve um baixo, qualquer coisa tava valendo. Era duro, veio desregulado da caixa (muito desregulado). As cordas super safadas de fábrica, mas que eu achava que eram boas, já que eram "originais". Nessa época eu também não sabia que as cordas do contra-baixo, se novas e de uma marca legal, faziam tanta diferença assim, e também não sabia que uma regulagem inicial em um instrumento não era um bicho de sete cabeças e que também faziam TODA A DIFERENÇA. Mas com muito esforço e calos nos dedos, consegui tocar algumas musiquinhas do Chrono Trigger, um jogo de SNes que foi bastante presente na minha vida quando mais novo (no final do post tem um vídeo, se puderem, assinem o canal, sempre publico coisas no YouTube quando posso).

Comentário ao leitor: Na verdade, na época eu não sabia que existia um abismo de diferença de qualidade entre a "Tagima Brasil" e a "Tagima Special", ou mesmo que a Tagima era brasileira. Sim, eu era completamente desinformado sobre instrumentos e marcas, mesmo pesquisando tudo que podia, eu não sabia nada MESMO, um completo leigo. Confesso que gerou um certo preconceito contra toda série Special da Tagima, e hoje em dia, ainda mais, após ver este post do LoucoPorGuitarra, que mostra a indignação dele pela aquisição de uma guitarra stratocaster Tagima 735 Special (e que por acaso, eu quase comprei uma também nessa época deste baixo aqui).

Circuito Ativo: Já de início, nos primeiros dias, descobri o primeiro defeito: circuito ativo. O baixo simplesmente bebia toda a bateria 9v, caso a deixasse encaixada. O correto era o instrumento apenas ligar o circuito ao plugar o cabo no jack de saída (no caso ele deveria inclusive utilizar um jack stereo para tal recurso). Então me habituei a simplesmente não ligar a bateria quando não estivesse tocando. Além disso, o controlador 3-bandas era "estranho", pois tinha meio que "2 volumes + grave + agudo" e só, até era mais estranho ainda, pois um volume cortava o audio total do baixo, enquanto o outro que acho que seria um blend, não fazia muita coisa. No geral, ele já chegou com a eletrica "estranha". Mas como eu não entendia nada, estava funcionando e com um "sonzão". Estava feliz e satisfeito!

Tarraxas: Seguravam a afinação legal. São blindadas simples, mas eram bacanas. Eram do estilo moderna.

Ponte: Após um tempo, percebi que um defeito deste baixo, era a ponte meio difícil de mexer e regular. Hoje eu não entendo porque a Tagima não utilizou uma ponte mais simples e robusta, do que esta "moderna". Talvez seja mais por aparência mesmo... ou custo... sabe-se lá!

Captadores: A captação eram dois humbuckers chineses dos mais simples. Porém, para quem estava iniciando, estava ÓTIMO! Hoje em dia vejo essas fotos e acho o baixo muito estranho, com esses humbuckers de 4 parafusos ao invés de apenas 2 para ficar mais fácil de regular altura. Eles tinham um ruído chato, mas talvez seja a falta de blindagem na parte elétrica que gerava tanto ruído.

Extras: Veio de brinde uma capa super safada da Tagima, bem fina, e uma camiseta, a qual já dei de presente para meu primo assim que abrimos a caixa do baixo. Ele gostou da camiseta, e eu do baixo! =D

Resumo: Foi meu primeiro instrumento 4 cordas, e a princípio, eu me achava o cara mais sortudo do mundo de ter um instrumento "desta qualidade" em casa. Esta felicidade com o velho Tagima B4-S durou até o momento que tive o meu segundo baixo, um Washburn Bantam XB-500 koreanos, de 1996, aí eu vi que na verdade, meus conceitos estavam distorcidos pela falta de contato com outros instrumentos. E aí que começa a dança... o G.A.S. (Gear Acquisition Syndrome)


Vídeos:

Nos vídeos abaixo, o baixo está ligado direto no amp e do amp para a entrada de linha do PC, bem ruim e rachando, mas era como eu sabia fazer as coisas nesta época:



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